Irmandade: palavra carregada de sentidos e simbolismos, sobretudo no que tange às
irmandades de cor, símbolos de resistência, preservação e expressão da cultura africana no
Brasil. Em um de seus significados, a palavra diz da amizade afetuosa e íntima entre pessoas
diversas; confraternidade. Baseado nesse signo, o single Irmandade, produzido em parceria
com o produtor- pesquisador musical Miguel Javaral é uma Ode à igualdade e à relação de
semelhança entre a diversidade. Uma celebração aos encontros, laços afetivos e aprendizados
advindos dessas confluências existenciais.

Letra:
Quando cheguei por aqui
Não vim sozinha não
Da primeira vez que eu vi o mundo
Pela janela dos olhos
Percebi que nada disso aqui
Levaria não
Cheguei na vida nua
Realidade dura
Verdade pura
Só pra me vestir de mim
e de sonhos
Muitos me perguntam
Quem é seu pai
Cadê sua mãe
Onde estão seus irmãos
Ah eu respondo
Olha em volta, cê vai vê
Olha ali meu pai
Olha aqui minha mãe
Olha lá meu irmão
Atravessando a rua
Em cada olhar
Cada sorriso de volta
Cada vida, uma história
Cada pessoa
uma página
Escrita no meu livro,
em cada capítulo

Em cada encontro

Almas se acham
Em cada abraço
Nasce irmã
Irmã ...
Quando cheguei por aqui…

Ficha Técnica:
Vocal: Luiza da Iola
Baixo: Miguel Javaral
Guitarra: Gustavo Cunha
Direção Musical | Produção Musical | Gravação | Mixagem : Miguel Javaral
Masterização: André Cabelo | Engenho Estúdio

O dia em que o amor encontrou a luta, o grito a poesia, o punho erguido as mãos dadas. Em
tempos de ódio e extremismos, amar é o maior ato de insubmissão e a forma mais
revolucionária de afetar o mundo. O amor é um dos nomes de Deus.

Letra:

Vou misturar beijo com denúncia
Misturar paixão com luta
punho erguido mas de mãos dadas
fazer do amor minha revolução

Vou misturar beijo com denúncia
Misturar paixão com luta
punho erguido mas de mãos dadas
fazer do amor minha religião

Construindo pontes ao invés de abismo
ofertando flores não importando os espinhos
fazendo do abraço um aconchego
do meu afeto o meu manifesto
do meu corpo meu maior ato de protesto
e da minha voz instrumento
em nome da paz
justiça
liberdade
igualdade
fraternidade
fé
respeito
direito
esperança
união
e do amor
a todos nós

Ficha Técnica:

Vocal: Luiza da Iola
Produção Musical: Mattheus
Gravação e Mix: Malo Produtora
Masterização: Chris Quites
Participações especiais:
Nalu Pimenta
Capone Beatbox
Danilo Brumana
Ricardo Campos

"Olelê" é uma toada sagrada e ancestral que tem o poder de conectar o mundo físico ao
mundo espiritual. Muitas tradições antigas sabiam do poder da música e de rezar-cantando.
Esse canto-reza é um ressoar que busca fortalecer nossas travessias individuais e coletivas
frente a esse tempo e a essa realidade, única e adversa, enfrentada pela humanidade. Iremos
atravessar!

Letra:

Olelê
lelê lelê
Olelê
lelê lelê a
Se a travessia dura
Dura de aguentá
Na fé vamo caminhando
Na Força de Nzambi e Santa Manganá
Se a travessia dura
Dura de aguentá
Na fé vamo caminhando
Na graça de Nzambi e Santa Manganá
Se a travessia dura
Dura de aguentá
Na fé vamo caminhando
Na bença de Nzambi e Santa Manganá

Ficha Técnica:
Vocal: Luiza da Iola
Produção Musical e Mix: Miguel Javaral
Masterização: André cabelo, Engenho Estúdio

Inspirada na passagem Eclesiastes 3, Kitempo é uma louvação ao poder do senhor dos dias,
das horas, dos destinos. Nas tradições africanas o Tempo é também uma divindade, portanto
saibamos honrá-lo e cultuá-lo, bem vivendo com sabedoria e responsabilidade.

Letra:
Tudo tem seu tempo
O tempo tem seu tudo
Há tempo para tudo
Debaixo do céu (2x)
Tempo pra nascer
e pra morrer

Tempo pra plantar
e pra colher
Tempo pra matar
e pra curar
Tempo pra destruir
e reconstruir
Tudo tem seu tempo (4x)
Tudo tem seu tempo
O tempo tem seu tudo
Há tempo para tudo
Debaixo do céu (2x)
Tempo pra chorar
e pra rir
Tempo pra lamentar
e pra dançar
Tempo pra espalhar pedras
e juntá-las
Tempo pra abraçar
e se afastar
Tudo tem seu tempo (4x)
Tudo tem seu tempo
O tempo tem seu tudo
Há tempo para tudo
Debaixo do céu (2x)
Tempo pra procurar
e pra e perder
Tempo pra guardar
e pra distribuir
Tempo pra rasgar
e pra costurar
Tempo pra calar
e pra falar

Tempo pra Amar
Tempo pra Odiar
Tempo pra Guerra
Tempo pra Paz

Tudo tem seu tempo (4x)
Pois tudo tem seu tempo ...

Ficha Técnica:
Produção musical e Mix: Richard Neves
Masterização: André Cabelo | Engenho Estúdio

Inspirada no Poder Negro da Beleza, onde mulheres foram as grandes protagonistas dessa luta
pela afirmação estética, Black is Beautiful, reverencia e exalta a beleza negra enquanto
afirmação de nossa identidade.
"Black is Beautiful" movimento cultural iniciado nos Estados Unidos, na década de 1960, por
afro-americanos caracterizou-se pelo resgate da identidade e autoestima do povo preto, e pela
valorização da cultura negra baseado em uma luta por uma percepção igual do corpo negro
para ajudar a desfazer todas as idéias negativas trazidas por uma história baseada na
supremacia branca. Espalhou-se para além dos EUA com os escritos do Movimento de
Consciência Negra de Stephen Bantu Biko, na África do Sul , onde a luta análoga era muito
mais básica, onde o Black is Beautiful de Biko significava algo como “você tem que olhar para si
mesmo como um ser humano e aceitar a si mesmo como você é.
No Brasil o movimento ficou conhecido como "Negro é Lindo", exaltação presente em obras
como as de Jorge Ben, é mais que um gênero específico, estas três letras simbolizam uma
instituição.

Negra é Linda!

Letra:
Parece que foi ontem que meu olhar parou no seu
Lhe chamei pra dançar, colei meu beijo nos lábios seus
E de mãos dadas saímos para ver o sol,
Olhei pra você e pensei…
Ai meu Deus que Nêga...
Ai Meu Deus que Nêga...
Ai meu Deus que Negra linda

Black is Beautiful!
Vem menina de trança,
Rasta, Black Power
tanto faz
Vem matar essa saudade,
Do seu jeito, do seu cheiro, do seu beijo
Do seu cheiro, do seu beijo, do seu jeito,
Do seu beijo, do seu jeito,do seu cheiro,
Que me invade, não me deixa em paz
Cola sua estrada na minha,
vem pra bem perto de mim.
Já cansei de marcar o calendário,
de falar e você não poder me ouvir.
Cola sua estrada na minha,
vem pra bem perto de mim.
Já cansei de marcar o calendário
de falar e você não poder me ouvir.
Negra linda!
Negra linda!
Negra linda!

Numa noite de sonho puro Jazz,
um beijo venenoso você me deu.
Numa noite estrelas no céu,
Momento inesquecível!
Numa noite de sonho puro Jazz,
um beijo venenoso você me deu.
Numa noite estrelas no céu,
Momento inesquecível!
Negra linda!
Negra linda!
Negra linda!
Black is Beautiful

Negra linda!
Negra linda!
Negra linda!
Black is Beautiful

Negra linda!
Negra linda!
Negra linda!
Black is Beautiful!

Negra linda!
Black is Beautiful!
Black is Beautiful!
Black is Beautiful!
Negra linda!
Negra linda!
Negra linda!

Ficha técnica:
Vocal, violão e reco reco: Luiza da Iola
Acordeon: Iara Andrade
Guitarra: Gustavo Cunha
Baixo: Miguel Javaral
Direção Musical, produção musical, mixagem: Miguel Javaral

Composta em 2015 e produzida em 2016 é o som de quem volta ao lar depois de anos de
exílio, um pedido de perdão pelo auto abandono, pelo descuido consigo mesma. Um
reconciliar- me, morando de volta no meu corpo e fazendo votos de fidelidade e
comprometimento eterno com o auto cuidado. Com as bênçãos de NOSSA SENHORA DO
ROSÁRIO a música é um reinar sobre mim mesma, um honrar a todas que vieram antes, um
ser senhora do meu destino e um vir a ser Rainha do meu próprio mundo.

Letra:

Mas eu voltei
meu bem
Voltei pra casa
E desta vez
meu bem
Vim pra ficar
Desculpa meu amor
voltei sem nada
É que gastei todos os bens
Lá fora
com outra coisa
outra pessoa
Mas eu voltei
E juro ser fiel
ao nosso encontro
Amar-te
e respeitar-te
Até o fim
Na saúde
na doença
Na alegria
ou tristeza
Na riqueza
ou pobreza
Até o fim

Voltei pra casa
Voltei pra mim
Voltei pra casa
Eu voltei , eu voltei
Voltei pra casa
Eu voltei, eu voltei
eu voltei, eu voltei
A morar
A morar
em mim
Mas eu voltei
meu bem
Voltei pra casa

E juro ser fiel
ao nosso encontro
Amar-te
e respeitar-te
Até o fim
Na saúde
na doença
Na alegria
ou tristeza
Na riqueza
ou pobreza
Até o fim

Voltei pra casa
Voltei pra mim
Voltei pra casa
Eu voltei , eu voltei
Voltei pra casa
Eu voltei, eu voltei
eu voltei, eu voltei
A morar
A morar
em mim
em mim
Voltei pra casa
Voltei pra mim
Voltei pra casa
Eu voltei , eu voltei
Voltei pra casa
Eu voltei, eu voltei
eu voltei, eu voltei
a morar
a morar
em mim
em mim
em mim

Lá do céu
invem descendo uma coroa
é a coroa da Virgem da Glória
vamos receber ela com jeito
oh meu filho
essa coroa é de Nossa Senhora

Ficha Técnica:
Letra, Música e Vocal: Luiza da Iola
Guitarras: Pedro Oliveira
Guitarra e Beatmaker: Miguel Javaral
Produção e Direção Musical: Miguel Javaral
Gravação, Mixagem: Miguel Javaral
Masterização: Chris Quites